É sempre difícil e comprometedor falar dos nossos amigos. Corremos, sempre, o risco de sermos exagerados nos elogios, na perspetiva de uns, ou demasiado humildes na perspetiva de outros, tudo se complica quando entramos no domínio dos afetos, do imaterial e falamos da existência não física e comensurável.
O Cide morreu e deixou somente de ter presença física entre nós, mas teve o condão, com o seu testemunho de vida pessoal e profissional, de deixar uma nova presença sublinhadamente duradoura e perene. Hoje, mais do que chorarmos a sua partida, devemos celebrar a sua dedicação, o seu amor à Escola, aos colegas, aos funcionários, aos pais e acima de tudo aos alunos.
O Cide soube, como ninguém, olhar a escola não como um local de trabalho, mas como uma comunidade familiar de que gostava e orgulhava de fazer parte, aconselhando, partilhando e não raras vezes reclamando alguma atenção, própria da sua singular afetividade.
O Cide mais do que qualquer um de nós soube ser cidadão empenhado e preocupado com a sua comunidade e o mundo, denotando-se sempre fraterno e solidário. Neste dia, que nenhum de nós preferia que existisse devemos honrar a sua memória, transformando o seu labor numa marca de futuro, como contributo para uma escola que todos queremos livre, igual e fraterna.
Hoje, estamos aqui Cide, para celebrar a tua existência única e singular, para celebrar a tua presença inesquecível e marcante entre nós, estamos no fundo, a celebrar o LIVRO da memória da PESSOA que foste no verdadeiro sentido da palavra.
Bem hajas por tudo o fizeste e soubeste fazer por nós, pelo teu e nosso:
Agrupamento de Escolas de Tondela Cândido Figueiredo